Abraão Batista é um poeta, xilógrafo, gravador, escultor e ceramista, nasceu e vive em Juazeiro do Norte, sul do Ceará, cidade fundada pelo Padre Cícero. Para essa nova cidade foram atraídos muitos artesãos, que deram início a uma tradição de artesãos e artistas notáveis. A característica maior de seu trabalho como xilógrafo é ser expressionista, marca que aparece em quase toda a arte do Ceará. Filho de mãe pernambucana e pai potiguar, Abraão Batista, órfão de pai aos 7 anos de idade, cursou as primeiras letras ainda no Juazeiro e o ensino médio no Lyceu na cidade de Fortaleza, ingressando no ensino superior. Formou-se em Farmacêutico Bioquímico pela Universidade Federal do Ceará, vindo posteriormente a exercer o magistério no ensino público e privado e, posteriormente, no ensino superior junto à Universidade Regional do Cariri (URCA). Como docente, atuou no ensino da Física, Desenho Geométrico e Projetivo, Ecologia e Biofísica. Apesar de sua carreira acadêmica, sua verve poética brota ainda na infância quando inicia seus primeiros trabalhos de múltipla expressão artística. Segundo Antônio Miranda, seus primeiros trabalhos surgem ora por meio da pintura, do desenho do qual originarão suas xilogravuras, ora por meio de esculturas em barro, ora por meio dos escritos poéticos fazendo aflorar seu lado poético sem esquecer sua tradição com uma produção que atravessa décadas. Abraão Batista tem como marco inicial de seus trabalhos o ano de 1968, quando ocorreu o episódio do Papa da época cassar 44 santos católicos. Aproveitou-se do fato e tomou como mote para escrever “A entrevista de um jornalista de Juazeiro do Norte com os 44 santos caçados”. Herdeiro dos grandes cordelistas e do Mestre Noza, mestre maior do artesanato Juazeirense, com seu espírito empreendedor funda o Centro de Cultura Mestre Noza e a Associação dos Artesãos do Padre Cícero, com o objetivo de congregar os artesãos de Juazeiro contribuindo para a organização e valorização da atividade de artesanato na cidade. Dentre sua vasta produção que ultrapassa mais de 200 títulos, destaca-se o “O Homem que Deixou a Mulher para Viver com uma Jumenta na Paraíba”. Em suas ações empreendedoras da valorização da cultura popular, ele é membro fundador da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, com sede na cidade do Rio de Janeiro. Aposentado, leva sua arte para todos os lugares por meio de sua assídua participação em feiras, proferindo palestras, entre outras atividades. Sua poética inspira-se nas belezas e realidades regionais e encontra eco junto a várias instituições nacionais e internacionais, a exemplo da Bibliotheque virtuelle cordel da Université de Poitiers, França.

Tamanho: 22,2 x 32,7 cm.

Preço: R$ 350,00 (Emoldurado).

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