Manuel Borges da Silva nasceu em 1937 em Nazaré da Mata – PE, no engenho de Pedra Furada e faleceu em 27 de fevereiro de 2014 no Recife. Nuca é apelido de infância: Nuca de Tracunhaém ou Nuca dos Leões. Leão é o signo de Nuca. Viveu durante muito tempo na roça com seu pai, que era cortador de cana. No início da década de 40, seu pai decidiu se mudar para a cidade de Tracunhaém, onde seu pai comprou um roçado e onde Nuca teve seus primeiros contatos com o artesanato, o barro e as cerâmicas, passando a vender “cavalinhos” nas feiras ao lado de sua esposa, Maria Gomes da Silva, que fazia bonecas dondocas. Filho de agricultores, viveu a infância em um ambiente de ceramistas e desde os dez anos, modelou em barro elementos do cotidiano. Durante muito tempo de sua vida, Nuca teve que conciliar a sua arte com o trabalho na roça. Chegando nesse grande centro cerâmico, é natural que Nuca viesse a interessar-se pela olaria, vendo de perto o trabalho de Lídia Vieira e Zezinho, pelo qual declara admiração. Além de conviver também com Ana das Carrancas e alguns netos de Vitalino. No entanto, isso mudou no dia em que decidiu esculpir um leão e, da noite para o dia, surgiu com toda a ideia na sua cabeça: Um leão diferentíssimo, parecido com uma esfinge e com a sua juba cacheada, idealizada e executada por Maria, a partir das suas experiências com as bonecas. Foi o sucesso avassalador deles que permitiu que o Mestre Nuca e Maria pudessem viver de sua arte. Isso ocorreu em 1968, quando esculpe o primeiro leão, e se reconhece artista e consagra-se com o efeito visual da juba leonina. A obra do artista pode ser apreciada em antiquários, galerias de arte, e enfeitando praças do Recife, como a do 1º Jardim de Boa Viagem e a Tiradentes, no Cais do Apolo.
Tamanho: 28 x 12 x 10 cm.
Mais Informações