Celestino Gama da Silva, mais conhecido como Louco Filho. É também baiano, como seu pai, o Louco (Boaventura da Silva Filho- 1932-1992) que dedicou-se à escultura por mais de trinta anos. Louco Filho possui mais oito irmãos, sendo ele e mais três que seguiram a carreira de escultor. Seu pai nasceu em 1932 em Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano, localizada a 120 km de Salvador. Louco e seu irmão Clóvis, conhecido como “maluco”, eram barbeiros. Numa época em que seu oficio de barbeiro não mais lhe estava rendendo como antes, resolveu complementar a renda da família fazendo cachimbos de madeira. Sua mulher Alice era a responsável por coletar galhos de cajazeiras para fabricação dos cachimbos. A idéia deu certo. Louco começou a fazer sucesso na cidade com seus cachimbos e se tornou um sucesso de vendas. Foi aí que ele decidiu partir para projetos maiores, entalhando portas e mesas e esculpindo peças de até dois metros, sempre em madeira de lei – jacarandá, viático, sucupira e jaqueira. Louco se dedicou à escultura por mais de trinta anos, período em que construiu uma vasta galeria de personagens que facilmente transitam entre o imaginário católico e a escultura afro-baiana; os próprios títulos de suas peças revelam essa duplicidade. Entretanto, apesar deste “transito” pelo catolicismo, seu estilo é bastante mais influenciado pelas raízes africanas. Exemplo disto é o seu Cristo apresentando feições negras e sua Ultima Ceia sendo sustentada por escravos negros. Com o sucesso alcançado no mercado da arte, Louco pôde construir uma casa ampla na cidade de Cachoeira, onde funcionou seu ateliê e morou com a família. Com a mulher Alice, o artista teve nove filhos, dentre eles, quatro seguiram profissionalmente o mundo da arte da escultura: Celestino Silva – Louco Filho, Mario Silva – Mario Filho do Louco, João Silva – João Filho do Louco, José Silva – Zé Filho do Louco e a terceira geração com Wallace Silva – Neto do Louco e Leonardo Silva – Neto do Louco. Louco participou de várias exposições pelo mundo, dentre as mais importantes pode-se citar as exposições: O espírito criador do povo brasileiro (Brasília, 1972), Sete brasileiros e seu universo (Recife, 1974), 2º Festac de Lagos (Nigéria, 1977) e a mostra Brésil, arts populaires (França, 1987). Louco faleceu em 1992, mas antes disso conseguiu firmar seu nome entre os grandes nomes da escultura brasileira do século XX.

Tamanho: 110 x 22 x 8 cm.

Preço: R$ 1.500,00.

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